Família doará órgãos de jovem morto após tentar impedir homicídio e feminicídio no RS
13/08/2025
(Foto: Reprodução) Polícia diz que homem matou ex-companheira e pai dela em Porto Alegre
A família de Djonatan Patrick da Silva Oliveira, jovem que tentou conter o atirador que matou a ex-companheira e o pai dela na Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre, informou que ele terá os órgãos doados. Com a confirmação de morte cerebral, os familiares autorizaram o procedimento. Djonatan tinha 20 anos.
O irmão dele, Erick Oliveira, afirmou que Djonatan não conhecia Sheila, a vítima do feminicídio, mas conhecia pai dela, Rogério. Os dois jogavam juntos no time de futebol Ilhéus.
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O jovem passava pelo local e foi baleado ao tentar intervir no tumulto. Desde o domingo (10), ele estava hospitalizado em estado gravíssimo. O velório ainda não tem data definida, pois é necessário aguardar a conclusão da remoção dos órgãos pelo HPS.
As outras duas vítimas do crime são a atendente de padaria Sheila Lopes da Silva, 41 anos, e o pai dela, Rogério Santos da Silva, 61 anos. Os dois iriam passar o Dia dos Pais Juntos.
O suspeito não teve o nome divulgado. Ele foi transferido para o hospital Vila Nova, na Zona Sul da capital, na segunda-feira (11), e segue sob custódia.
Morre jovem baleado ao tentar conter homem que assassinou ex-mulher e pai dela em Porto Alegre
Arquivo pessoal
Crime no Dia dos Pais
O ex-companheiro de Sheila, com quem ela foi casada por mais de 20 anos e tinha se separado há cerca de seis meses, mora na casa ao lado do ex-sogro e a abordou para conversar. Em seguida, o homem atirou duas vezes contra a cabeça dela.
"O suspeito não aceitava o término do relacionamento, e acabou acontecendo essa tragédia aqui. O pai tentou proteger a filha e acabou sendo morto. Tudo isso, lamentavelmente, em pleno Dia dos Pais", afirmou o delegado plantonista Anderson Hermes.
Testemunhas contaram que Rogério viu a filha ser baleada e, com um facão, correu para impedir o agressor de continuar. Ele também foi atingido por tiros e morreu no local.
Saiba como denunciar violência contra a mulher no RS
O atirador trabalha como segurança. Três armas foram apreendidas com o homem, conforme a polícia. São uma pistola 380, um revólver 38 e espingarda tipo puma.
De acordo com a polícia, Sheila não tinha medida protetiva contra o agressor.
Sheila visitava Rogério para comemorar o Dia dos Pais
Arquivo pessoal
Denuncie violência doméstica
Se a ocorrência estiver em andamento, a vítima de violência ou qualquer pessoa deve ligar para o 190, o número da Brigada Militar.
Se a violência já aconteceu, a vítima deve ir na Delegacia da Mulher ou em qualquer delegacia para fazer o boletim de ocorrência e pedir medidas protetivas (localize uma delegacia aqui). Também é possível registrar uma ocorrência e pedir medida protetiva pela Delegacia Online.
A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas pelo 180. A Defensoria Pública atende pelo telefone 0800-644-5556 e dá orientações sobre direitos e consulta a advogados.
Sheila Lopes da Silva, 41 anos, foi vítima de feminicídio, segundo a polícia
Reprodução/RBS TV
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