Nego Di e esposa participam de primeira audiência em suposto esquema de fraude em rifas

  • 02/05/2025
(Foto: Reprodução)
MP diz que influenciador induziu pessoas a adquirirem bilhetes, obteve dinheiro ilegal, não entregou prêmio e ainda simulou entrega ou tentativa de entrega do carro para pessoa que não existe. A defesa confia que os réus comprovarão a inocência. Audiência aconteceu na quarta-feira (30). Nego Di teria fraudado rifa e simulado contato com ganhadora de Porsche O caso envolvendo o influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, e sua companheira, Gabriela Vicente de Sousa, teve a primeira audiência realizada na última quarta-feira (30), segundo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Nego Di é réu por estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção de loteria. Segundo a denúncia do Ministério Público, aceita em setembro pela Justiça, ele teria fraudado uma rifa virtual cujo prêmio era um veículo da marca Porsche. Já a esposa Gabriela virou ré por lavagem de dinheiro dentro do suposto esquema, que teria movimentado mais de R$ 2,5 milhões em rifas ilícitas. A advogada dos suspeitos, Camila Kersch, afirma que "a defesa acredita que com a instrução processual onde se assegura o contraditório e ampla defesa Dilson e Gabriela esclarecerão os fatos que lhe são imputados e irão comprovar inocência, possuindo provas da licitude de seus bens compatíveis com a renda e movimentação financeira lícita". (Leia abaixo na íntegra) O humorista ainda é réu em outro processo por estelionato, pelo qual responde em liberdade por supostamente vender, mas não entregar, produtos de uma loja virtual da qual era sócio – 370 pessoas teriam sofrido prejuízos, que somam R$ 5 milhões. Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, duas testemunhas de acusação foram ouvidas, e os acusados participaram por videoaudiência. A audiência terá prosseguimento em 9 de junho, quando as testemunhas restantes deverão ser ouvidas, e os réus, interrogados . A denúncia O MP, responsável pela acusação, sustenta que a suposta vencedora da rifa do carro, avaliado em mais de R$ 500 mil, não existe. "Ele fraudou a rifa para obter valores, induzir as pessoas a adquirirem os bilhetes em erro, obteve valores ilícitos em decorrência disso, não entregou o prêmio e, mais do que isso, ainda simulou a entrega ou a tentativa de entrega para uma pessoa que não existe", afirma o promotor da 8ª Promotoria de Justiça Especializada Criminal, Flávio Duarte. A apuração do MP aponta que antes de concluir a rifa, Nego Di teria transferido o veículo para terceiros e adquirido o próprio número sorteado. Em um vídeo publicado nas redes sociais após o sorteio, Nego Di aparece tentando ligar para a suposta vencedora, que não responde aos chamados (veja imagens acima). Chamou a atenção dos investigadores que, no momento em que o influenciador chega ao número de telefone da suposta vencedora, o celular dele indica que aquela pessoa já aparecia em dez cartões de contato, ou seja, o número de vezes que aquele número foi encaminhado em outras conversas. Segundo o MP, a pessoa em questão é um personagem inventado para dar aparência de legalidade à ação. VÍDEO: Nego Di 'simulou' ligação para ganhadora de Porsche sorteado em rifa virtual, afirma MP Sorteios filantrópicos feitos por influenciadores: o que diz a lei Simulação mostra como sites manipulam sorteios de rifas Vídeo de Nego Di que, segundo o Ministério Público, simula uma ligação a vencedora de uma rifa Reprodução Em um outro trecho do vídeo, Nego Di valoriza as tentativas de contato com a possível vencedora. Segundo ele, outras instituições que promovem sorteios "só dão o número e a pessoa que corra atrás". "Isso que influenciador faz, ninguém faz. Os caras só dão o número lá e a pessoa que corra atrás. Nego esquece que comprou, nego esquece de conferir, nego perde o prazo. A gente liga, vai atrás", diz o humorista no registro. Nego Di é preso por golpe que causou prejuízo de R$ 5 milhões a clientes Pela legislação brasileira, a venda de rifas é ilegal, a não ser que promovida por entidades beneficentes, autorizada pelo Ministério da Fazenda. Os sorteios eram feitos sem controle e transparência. O promotor Flávio Duarte contou que o esquema caracterizava lavagem de dinheiro e que todos os valores arrecadados com as rifas são ilícitos. "Esses valores ingressavam inicialmente na conta de uma terceira pessoa, depois eventualmente retornavam para uma empresa e somente depois que já estavam incorporados na empresa, dando uma aparência de lícito e, ao mesmo tempo se distanciando daquele valor que se sabia que era ilegal, oriundo de uma contraversão penal, ele adquiriu os bens. Todo esse mecanismo, toda essa dissimulação, esse distanciamento da origem delituosa configura o crime de lavagem de dinheiro", diz. Nota da defesa dos suspeitos "Esclareço inicialmente, que Gabriela Vicente de Souza não está sendo acusada por suposto cometimento de fraude em rifas. Ainda a defesa acredita que com a instrução processual onde se assegura o contraditório e ampla defesa Dilson e Gabriela esclarecerão os fatos que lhe são imputados e irão comprovar inocência, possuindo provas da licitude de seus bens compatíveis com a renda e movimentação financeira lícita. A instrução processual não encerrou, ocorreu apenas a oitiva de uma testemunha de acusação. Camila Kersch" VÍDEOS: Tudo sobre o RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2025/05/02/nego-di-e-esposa-participam-de-primeira-audiencia-em-suposto-esquema-de-fraude-em-rifas.ghtml


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